O final de cada ciclo de estudos pode tornar-se problemático para os alunos e, consequentemente para os pais, quando o tipo de ensino e de área de estudos/profissional que deseja seguir é uma incógnita.
No final do 3º ciclo do ensino básico, os alunos necessitam optar entre Cursos Científico-Humanísticos, Cursos Científico-Tecnológicos, Cursos de Educação e Formação, Cursos Profissionais, Cursos de Aprendizagem, Cursos do Ensino Artísticos Especializados, entre outros.
No ciclo seguinte, entre o Ensino Pós-Secundário não Superior ou Superior. Tendo em conta que estes jovens ainda estão em plena formação da sua personalidade é frequente sentirem-se ansiosos, frustrados e com medo de falhar.
Quando não existe uma identificação clara com uma área de estudos é frequente as suas escolhas serem influenciadas pelos amigos, pelos próprios pais e até por professores, pelas disciplinas em que alcançam melhores classificações, com uma tendência para tentar eliminar as disciplinas que consideram mais “difíceis”. Existem, por isso, muitos alunos que apenas seguem um percurso escolar para “fugir da matemática” ou “escapar ao português”. Estes “pseudo-critérios” provocam muitas vezes conflitos entre pais e filhos.
O processo de orientação vocacional em Psicologia
- Promove nos jovens um despertar para o autoconhecimento, uma tomada de consciência da necessidade de identificar as suas características individuais, capacidades, interesses, valores e experiências pessoais;
- Sensibiliza os jovens para a importância de explorarem meios de informação sobre programas escolares e atividades profissionais;
- Fornece informações sobre o sistema educativo/formativo, as áreas de estudo do ensino secundário e faz despertar para a realidade do mundo profissional;
- Avalia interesses vocacionais, capacidades/aptidões e características de personalidade e transmite toda a informação recolhida de forma a facilitar escolhas mais conscientes e fundamentadas.
O desafio das escolhas escolares e vocacionais em tempo de pandemia
Naturalmente que devido a todas as incertezas e mudanças que a atual pandemia provoca, assim como à dificuldade em planear o futuro próximo, a ansiedade que a família sente perante os projetos de vida dos jovens é agora ainda maior.
Numa altura em que as mudanças constantes e inesperadas caracterizam a sociedade, em que existe uma sensação geral de instabilidade, este cenário de escolhas escolares e vocacionais torna-se ainda mais desafiante, sendo primordial a procura de serviços de orientação vocacional.
O envolvimento familiar em todo o processo, desde a recolha de informações, passando pela exploração de contextos de trabalho para o jovem observar e pela análise da avaliação efetuada, permite aos pais ultrapassarem incertezas, inseguranças e controlarem a pressão que provocam, mesmo que inconscientemente, nas escolhas do jovem.
Recorrer à Psicologia para a realização duma orientação vocacional permite encarar de forma mais consciente, tranquila e segura as futuras escolhas de ensino e/ou profissionais do jovem.